terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Requiem for a dream


Precisava escrever sobre esse filme, acho que nunca saí tão chapada de um filme, nunca saí pensando que algo tão surreal pode ser (e é) verdade.
Darren Aronofsky (nunca tinha ouvido falar nele antes desse filme) consegue deixar um roteiro não tão original (apesar de adorar filmes sobre heroína, tenho que concordar que todo mundo explora o tema) incrível. Até mesmo maravilhoso, pois a fotografia é linda e totalmente original.
Requiem é um termo latino, que significa repouso ou canção para os mortos, na Grécia o réquiem era uma composição músical com muitos elementos, como num recorte. Tirando desses significados, podemos supor que o filme fala que você precisa cultuar ou chegar à própria morte para alcançar um sonho ou que o sonho é feito de fatos distintos que se encaixam em determinado momento. Eu prefiro a primeira hipótese.
Todos temos um vício. O ser humano é um grande viciado e todo o vício é destrutivo. Não importa a sua cor, idade ou religião, todos estamos propícios ao vício. Cuidado: seu sonho pode ser um vício. É essa a grande mensagem do filme.
Como em todo filme sobre junkies, o glamour das drogas desaparece no meio do filme e você percebe o quanto decadente alguém pode ser para continuar a manter um vicio. Podemos chegar à loucura, vender o corpo, adquirir um novo vício em função de um primeiro ou até chegamos a mutilação física. Fato é que qualquer coisa pode se tornar um vício, como a TV ou o dinheiro. Cada personagem tem um: Sara é louca por televisão, Ty quer ser rico, Marion ambiciona ter uma loja de roupas e o vício de Harry simplesmente é a heroína.
Mas, o melhor desse filme é depois de uma hora e meia, quando as imagens dos quatro personagens se misturam e você vê o quão decadente eles estão, cada um ao seu modo. A grande sacada dessa parte do filme é que você fica querendo, desesperadamente, parar o filme ou pular dessa parte, mas ao mesmo tempo não consegue tirar os olhos do filme, algo fissurante. Essa é com certeza uma das cenas mais interessantes dos filme, porém todas as cenas nas quais os personagens estão se drogando ou delirando são totalmente originais, o corte seqüenciado é demais.
Quando o filme finalmente acabou a primeira coisa que eu disse foi: puta que pariu Não havia melhor frase para um fim genial daqueles. Se você quer ver um filme que no começo pode até ser engraçado e bonito e no final é algo totalmente chapante, não existe melhor: Requiem para um sonho.

11 comentários:

Anônimo disse...

particularmente, eu prefiro manter distância desse filme.
sex, drugs, rock'nroll com luzes alucinantes, cortes pirados e gente decadente é demais pra corações fracos.
infelizmente eu tenho coração fraco.

[vc entrou mesmo no filme, neah? dá pra perceber pela emoção q vc tenta passar pelo post ;)]

nãoseileianaminhacamisa. disse...

ah, fernanda, eu amoesses filmes glam rock
ahahahah
e esse foi um dos que eu mais gostei :)

e entrei totalmente no filme, ams também, não tem como entrar! Todo mundo que viu o filme me disse que é genial :)

Anônimo disse...

x~
todo mundo me diz q é mt bom, tb
mas, sei lá...
pra tu ter uma idéia eu saí meio tonta e passando meio mal depois de assistir a casa dos espíritos, pow!

eu tenho medo de assistir e ficar mais alucinada do q o normal
[e, pode perguntar a txai, é já n sou mt boa da cabeça no meu normal xP]

nãoseileianaminhacamisa. disse...

HAHAHAHA

ah, mas que graça tem ser normal, né?

DER KOSMONAUT disse...

requiem é muito bom né? sem maiores considerações

li que a maioria dos filmes tem 600 cortes, requiem tem 2000
é o único filme 18 anos que já vi que realmente achei que precisava um pouco mais de maturidade pra assistir
ou não, requiem é chocante pra todo mundo mesmo
nunca senti isso com um filme, asistia ao filme me contorcendo
a fotografia é mesmo genial, vai ficando cada vez mais escura e inconstante (a luz chega a piscar com relativos intervalos freneticamente)

enfim, mas é um tapa na cara
dá vontade de passar bem longe de qualquer cigarro, bebida, programa de tv ou geladeira (assistam e entendam) depois
ashashashas

vinicius gouveia disse...

hmm.. já vi essa história de vícios em algum filme, quem somos nós, talvez? XD

bem, requiem está na minha lista de filmes para assistir, qualquer dia eu loco. a tua crítica já me deu um direcionamento para o que eu devo assistir! assim que eu locá-lo, eu te aviso =D

fernanda é ex-viciada em cajuzinho e café. ela, assistindo esse tipo de filme, relembra da vida decadente dela... FERNANDA LARGA O VÍCIO!

nãoseileianaminhacamisa. disse...

esse filme é um soco de realidade,po.
segundo o livro "madame satã - o templo underground dos anos 80", toda a década escolhe uma droga para representar sua juventude, fiquei realmente pensando que a heroina escolheu a nossa geração.

Unknown disse...

assista liquid sky, sobre heroina. ae

vinicius gouveia disse...

mas, acredito, temos outras drogas, como a internet...

Anônimo disse...

ain, ain
q vergonha ambulante, eu sou
todo mundo ou assistiu requiem ou vai assistir
só eu q tou morrendo de medo =x

Ah, Lara, ser normal é mt chato,
mas eu controlo os níveis de anormalidade das coisas ;~
e inclusive de mim mesma >.<

nãoseileianaminhacamisa. disse...

ahuahauauhaua
eu prefiro não controlar os meus níveis de loucura
HEHEH
dizem que sou louca, por eu ser feliz, mas louco é quem em diz que não é feliz (: