terça-feira, 1 de junho de 2010

Viajamos.com.br

Olá, pessoal,

vou fazer uma pausa aqui na crítica dos filmes pra divulgar um site muito maneiro que a cia. aérea Azul criou: http://www.viajamos.com.br. Entrem, eu não me arrependi, hehe!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Cloverfield - O Monstro



Após uma campanha de Marketing de dar inveja a qualquer cineasta do mundo, JJ Abrams (sim, aquele mesmo que criou a ilha perdida no mapa) fez o que ninguém esperava: embolsou todo o dinheiro da mega-estréia e avante nas bilheterias americanas (até aí nenhuma novidade) e decepcionou com um filme rídiculo.

Para você que estava em outro mundo, ou simplesmente não é ligado ao meio de cinema para descobrir a campanha do Cloverfield, eu explico. Nos Estados Unidos, em todas as sessões de exibição do filme Transformers (Do Steven Spilberg) não houve trailers. A Paramount junto com JJ decidiram que iriam passar um vídeo de 2 minutos onde aparecia a estátua da liberdade sem cabeça, um monte de gente correndo e gritando e, claro, muita destruição sem deixar ver a cara de seu atacante.

Ao final do mega-trailer, uma surpresa. Não houve nome do filme nem nada do tipo, apenas apareceu no centro da tela o nome do JJ ABRAMS, que tem uma baita credibilidade e sucesso por todo o mundo, e depois a data de exibição do filme. Só. Não é nem preciso comentar que os primeiros minutos de Transformers não foram de total atenção pelo comentário do trailer que havia passado, porque isso é óbvio. A campanha foi reprisada por toda a internet, site da Paramount, exibições em canais de tv, em programas de sucesso total e até mesmo no iútube.

Agora vamos ao filme. Os produtores acharam interessante o filme se passar por uma sequência amadora, onde um garoto iria estar convenientemente com uma câmera ligada e gravaria todo o ataque e todo o filme se passaria ali, pelas lentes da câmera de 3.2 pixels de qualidade. Tudo começa com a festa de despedida de Rob, um moço que irá viajar para o Japão para esquecer que está apaixonado por Beth, mas não se prenda a esses fatos, eles são relevantes para o restante do filme.

Hud, melhor amigo de Rob, está gravando um documentário para Rod assistir no Japão quando sentir saudade das pessoas que ama, mas na verdade utiliza desse meio para se aproximar de Marlena, de quem ele é apaixonado. Quer dizer, que acho que ele é apaixonado, porque em nenhum momento foi dito que ele era apaixonado, apenas levou a entender, mas ao supor pelo desenrolar do filme, eu não me surpreenderia se na verdade Marlena fosse a filha abandonada pela mãe de Hud quando a mesma tinha apenas alguns meses de vida, e que depois eles iriam se encontrar felizes da vida como irmãos. Muito mexicano? Acredite, os atores fazem parecer que você está mesmo em uma novela mexicana.

Bem, do nada acontece uma grande explosão perto do apartamento onde está aconcendo a festa, então todos vão para a janela para saber do que se trata e percebem que o ataque não é longe dali. Muita correria e diálogos brilhantes de 'Go! Go! Go!' e 'oh My God' e também 'Oh Shit!' duram mais de 5 minutos. E quando você pensa que não poderia piorar, você descobre que o filme inteiro vai se resumir a essas palavras citadas acima. E esse é o diálogo mais inteligente, acredite.

Mesmo que a explosão, segundo a moça do telejornal, não apresentava no momento nenhum mal a população, todos saem correndo do apartamento e chegam a uma rua mais populosa ainda, onde todos estão lá, todos mesmo. Porque, claro, a melhor coisa a se fazer quando está tendo um ataque perto de casa é sair correndo para a rua e se aventurar a ser morto pela mesma, né?

Enfim, ao chegarem na rua eles percebem que a cabeça da estátua da liberdade está no chão. E cá entre nós, é um cabeção! Brincadeiras a parte, Hud filma tudo e voalá, aparece a estátua pela primeira vez sem cabeça. Aproveite muito, mas muito, essa cena, porque ela tem mais ou menos cinco segundos de duração e não mais aparecerá, apesar de esse ser o maior vínculo de divulgação do filme, ele é pouco explorado na trama em si.

E então vocês me perguntam, o porque eles usaram tão pouco a estátua? Eu explico. A Estátua da Liberdade é o marco mais 'nacionalista' americano. Então fazer com que ela perca a cabeça chamaria mais telespectadores para o filme, e isso foi feito. Ao meu ver, eles apenas usaram a estátua para criar mais impacto nas pessoas.

Bem, mais para frente vamos acabar descobrindo que a cidade está sendo atacado por um monstro. O monstro veio de algum lugar, para fazer alguma coisa e cumprar o seu objetivo, se é que ele tinha algum. Se ele vem de Krypton ou do Brooklyn, ninguém sabe. Dai mais tarde eles encontram as versões 'chibis' do mesmo monstro, ou chamados de filhos, contradizendo o que o filme tinha afirmado antes, que era o ataque de apenas UM monstro. Mais para frente eles frissão de novo que é apenas um monstro, vai entender...

Minha grande preocupação ao ir assistir o filme, é de que se o monstro seria realmente mostrado, porque ver um filme inteiro sem poder ver a cara do atacante seria frustrante. Pois bem, eles passam o filme inteiro evitando mostrar ele inteiro, e durante todo o filme ele não será mostrado inteiro. Você verá o ombro, a língua, as patas... e bem no final você irá ver a maior parte do corpo dele, incluindo a cara feia e esbranquiçada. O monstro parece feito por uma menina de cinco anos, com durex, cola branca, massinha para modelar e durepox. O que me intrigou muito após ver o filme, foi descobrir que eles evitaram tanto mostrar o monstro durante o filme e depois simplesmente lançam o boneco do mesmo. Ai Ai Paramount!

Não vou comentar sobre os atores, eles são todos desconhecidos e não monstraram grande potêncial. Porém, se formos levar em conta o que o filme exige (gritos de 'go go go go' e 'oh my god'), eles desempenharam bem até demais.

A única coisa boa do filme é o set de filmagem. O jeito com que deixaram Manhattan destruída é formidável, mas é mal explorado com os lances de câmerda que servem apenas para você: a) ficar com dor de cabeça; b)se perder no meio da correria e tremedeira da mesma; c) não conseguir, de jeito algum, ver o monstro com nitidez.

O final (vocês sabem como eu aposto no final, o filme inteiro pode ter sido uma droga, mas se o final for bom, eu até dou pontos positivo, vocês sabem...) tem uma tentiva frustrada de emocionar e é uma cópia descarada do desfecho de 'A Bruxa de Blair'. Sem falar que deixa de fora a única cena que você realmente vai querer ver após chegar ao fim do filme (a qual eu não vou comentar aqui para não contar o final, é claro.)

Levantei da poltrona do cinema rindo, aquilo só poderia ser uma piada de mal gosta de JJ para ficar mais rico. E eu espero realmente que ele pegue o dinheiro dele e vá para a ilha que não aparece no mapa que ele criou, para ficar bem longe quando as pessoas começaram a ver essa droga enlatada americana.

Não vá assistir, não perca 80 minutos de sua vida que não voltaram jamais. Não vale nem o preço de uma bala de iorgute, que custa em média 3 por 15 centavos. E é isso.

Update: Vocês querem saber uma piada maior ainda? JJ confirmou a produção de Cloverfield 2. Outro desastre está por vir, aguardem!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Obsessão (Loverboy)


Primeiro de tudo vou explicar o título do filme. Aqui no Brasil não há uma 'marcação' sobre quais os títulos já foram usados por tradutores para os filmes. Ou seja, caso você for dar uma olhada rápida no Google ou pedir em sua locadora apenas pelo nome de 'Obsessão' você encontrará alguns filmes. Então o título segue ao lado o original, Loverboy que, para mim, encaixaria bem melhor na história.

O filme conta a história dramatica de Emily. Criança conturbada por seus pais nada convencionais que a prescionam para saber coisas que no mundo real não são importantes e relevando a vida escolar da vida da menina. Um do momentos em que dá mais dó de Emily, é quando os pais saem no meio de uma apresentação escolar da garota, achando-a horrível, mal vestida e drogada por ter cantado uma música de David Bowie. Ou, como chamado pelo personagem de Bacon (o mais velho, o Kevin) como 'o Drogadão Bowie, ou algo assim'.

Como todas as crianças no mundo, Emily cresce e passa grande parte de sua vida, e a maioria do tempo todo do filme, a procura de um cara que lhe dará seu filho. Então ela começa a sair com várias homens a procura de pegar um pedaço de um, pedaço de outro e pá, achar a formúla perfeita para o seu bebê.

Passado muito tempo (põe tempo nisso, quase uma hora do filme) ela finalmente tem seu filho e começa então a criar ele com todas as suas forças e esperanças. Ela não faz mais nada da vida, apenas fica todo o tempo ao lado de Paul.

Porém como toda criança cresce, Paul fez seus 6 anos de idade e começou a encontrar outras crianças de sua idade, fazendo com que Emily ficasse desesperada por saber que o mundo de fantasia que ela havia criado para ela e para Paul, estava começando a desmoronar. E aí sim, após uma hora e quarenta de filme é que realmente começa a história do longa.

Esse drama é o segundo dirigido por Kevin Bacon, o qual novamente arruma a 'boquinha' de protagonista para a sua mulher, Kyra Sedgwick. A novidade fica por conta da presença de Sosie e Travis Bacon. Vamos ser sincero Kevin, fazer um filme e arrumar um papel para a família toda, não tem preço, né?

Ao meu ver, Kevin ainda tem muito que aprender sobre direção. Não que eu seja profissional no assunto, longe disso. Mas ele simplesmente adptou o roteiro (Sim, além de atuar e dirigir, ele ainda adaptou! Isso sim é um homem bombril, mil e uma utilidades!) do livro 'Loverboy' de uma forma muito rápida. Deu total atenção ao passado da garota e a procura dela por um homem perfeito que esqueceu de dar atenção para o desenrolar do mesmo, deixando o final encantador, porém rápido demais para se tornar emocionante e cativar o público.

Como já deve ter dado para perceber (ou não) o filme trás atores mirins que ao meu ver tem tudo para estourar lá fora, mas por enquanto não passam de desconhecidos. Pelo menos por aqui.
A mais famosa do cast, com certeza, é Sandra Bullock, que faz uma participação super rápida como uma mulher que, sempre que tem chance, beija a Emily-criança na boca. Não vou me alongar falando da atuação da Sandra e nem do quão talentosa ela é, porque não conseguiria por em palavras a grandeza dessa atriz.

Kevin (Sim, ele de novo) aparece bastante no filme, re-afirmando que a produção é também Bacon. Não me assustaria se o nome do filme fosse 'Loverbacon' ao invés de 'loverboy'. Mas tudo bem. Ele fez seu papel, não mais que isso.

Kyra Sedgwick atua bem, apesar de suas expressões exageradas que lhe deixam com uma cara de lagarto-com-fome. Ao meu ver o filme estava lá para cair sobre ela, mas não conseguiram, afinal outro ator menos experiente, mas não menos talentoso, conseguiu roubar a cena.

Dominic Scott Kay ('A menina e o porquinho') dá um show de atuação na telona. Ele consegue roubar toda a atenção das cenas, com expressões e tonância vocal perfeita. Ele com certeza tem um futuro promissor. Atualmente ele foi alvo dos jornais mundiais, mas não por um grande sucesso realizado, mas sim por ser o único cineasta de 10 anos de idade a processar um patrocinador. Isso mesmo, além de ator o menino agora é cineasta e já escreveu seu primeiro roteiro, conseguiu patrocínio e está processando eles! Para saber mais clica no link que eu deixei a cima. Esse menino vai longe, viu?

Outra revelação é Spencer Treat Clark, um rapaz que apareceu pouquíssimo tempo em cena mas mostrou uma naturalidade tão grande que parece que aquilo ali é a vida dele, e não que está interpretando.

A trilha sonora conta com músicas bacanas, mas o ápice fica por conta de David Bowie, com 'Life On Mars' e mais um sucesso que eu não lembro o nome.

Dei uma rápida olhada na página do Imdb (o site mais completo sobre cinema do mundo) e reparei que o filme teve 945 classificações dos usuários e ficou com 5,5 estrelas de 10. Apesar de todo o tempo corrido e outros probleminhas que eu citei acima, daria ao filme pelo menos 7.

Fica a dica para vocês alugarem e verem por si mesmo o que acham dessa intrigrante produção da Família Bacon. Mas vale lembrar que, após o desfecho inesperado e emocionante, porém tão rápido que só vamos nos tocar do que aconteceu quando os créditos estão subindo (o que não vai demorar, acredite.), não venha reclamar comigo. Agora, se você for da opnião de que 'um final bom não salva um filme', não alugue.

E isso é tudo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Premonição


Segundo a sinopse oficial do filme, 'Estranhos sonhos que podem ser relacionados a uma onda de assassinatos atormentam uma escritora. Com direção de Neil Jordan..' e por aí vai. Mas se você espera, ou acha, que esse filme se trata de um filme de terror sem pé nem cabeça, você está muito enganado.

Tudo começa quando Clarie (Annette Bening) acorda de um sonho que tem muita - mas muita mesmo - maça e uma menininha segurando a mão de um homem. Ele a está levando para longe e ao passar dos repetidos sonhos, porém cada vez com mais tempo de duração, ela descobre que o homem vai matar a criança.

A escritora acredita que o sonho é uma espécie de premonição sobre o caso de sequestro de uma pequena garotinha, o qual ocorreu perto de sua casa. Ela comenta com o mairo Paul (Aidan Quinn) que vai até a polícia contar. Mas, claro, não o levam em consideração.

Logo no começo do filme a filha deles, a qual eu não lembro o nome, tem uma apresentação teatral em um bosque, onde ela é sequestrada e morta como Claire havia visto em seus sonhos. E a partir daí o casamento de Paul com Claire entra em declínio, Claire fica incontrolável - e só piora quando as visões continuam dando outras visões de outras garotas - e assim segue o restante do filme que eu não vou contar, é claro.

Deixando de lado a trama principal, podemos dizer que esse filme é um experimento lucinógico que nos leva a pensar sobre o que faria ao estar na pele de Claire. E começa a questionar as escolhas dela, e pensando como você faria e seguiria um plano - se é que você teria força para passar pelas experiências dramáticas.

Começamos então a questionar. Quem é o assassino e porque ele apenas sequestra e mata criançinhas? Teria algo por trás disso? É claro que tem, sempre tem. E Claire vai a fundo, de cara com o inimigo para acabar com esse mal. Se ela consegue ou não, aí já não é mais de seu interesse, ao menos que veja o filme, é claro.

Particularmente eu acho que a fotografia do filme é falha. Não emociona, não impressiona, não dá medo. Enfim, se eles queriam mesmo chegar a algo como isso, e pela sinopse podemos ser levados a crer que sim, eles queriam, eles não conseguiram. Apenas lembranças e sonhos psicóticos levam-nos a imagens borradas e lances de câmeras muito bem feitos e bem trabalhados.

Igual ao local onde tem muitas maças, onde o tal assassino está. Quando aparece nos sonhos, o lugar é magnífico e assombroso. Mas ao aparecer com a presença da personagem lá, sem ser mental, é horrivelmente velho, empoeirado e idiota.

O filme é bem coordenado por Neil Jordan ("Entrevista com o Vampiro") que consegue prender o telespectador até os créditos começarem a rolar. Ele é conhecido por escalar sempre atores que se destacam bem em seus filmes anteriores, repetindo assim em tela a presença de Annette e Aidan novamente. Eles não haviam trabalhados juntos antes, porém ambos tiveram participações em outros filmes do diretor.

E Neil não está enganado, Annette Bening (de Beleza Americana) interpreta magnificamente bem a Claire. Como eu já citei aqui em outros filmes, ela incorpora tão bem a personagem que não conseguimos assimilar ela a atriz, mas sim à Claire. Ali ela deixa de ser Annette e passa a ser Claire, de corpo e alma. E deixa claro isso para os telespectadores. Em minha opnião, de todos os filmes que eu já vi com ela, esse é o melhor.

Aidan Quinn está bem encaixado no papel de marido quase não presente, mas falha em momentos cruciais do filme em que exigiam mais do ator. Mas deixo aqui minha resignação à ele, pois no filme mais recente que vi dele, Da Magia à Sedução, ele está irreconhecível e bem melhor! O que me leva a crer que o ator andou treinando mais, ou aprendeu com a experiência.

Emma J. Brown dá um baile como atriz mirim, interpretando a filha do casal. A qual eu não faço idéia do nome. Em uma breve pesquisa que fiz na internet, não descobri o nome da personagem dela e no site do IMDB aponta como sendo o único trabalho que a menina já fez. Estranho.

Enfim, embora eu não tenha falado exatamente minha posição quanto a esse filme, eu recomendo para todos que gostam de filmes que nos leva a pensar como agiriamos em situações de desespero e em quem poderíamos confiar cegamente que quando isso acontecesse, confiaria em nós.

Só acho uma pena o filme estar mascarado como um suspense quando na verdade é bem mais que uma simples qualificação.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tomates verdes fritos: um drama inteligente


Eu sempre fui uma grande fã de filmes de “drama”. Acho que desde pequena eles são os meus favoritos. E durante todos esses anos eu comecei a analisar como alguns deles, apesar de muito bons, acabam se afastando demais da realidade, se tornando um “lacrimejante” forçado. Você chora logo nas primeiras cenas, e continua chorando abraçado com suas toalhinhas de papel até o final do filme. Como eu já disse, mesmo assim, muitos desses lacrimejantes cinematográficos são bons, realmente bons.

O que é que falta, ao certo? Acho que talvez seja aquela melancolia do que se aproxima de nossa própria vida, aquilo cujo sentido não vale só na tela, mas também na nossa (ir)realidade. Um dos primeiros filmes que, apesar de continuar constituindo um mundo bem distante do meu, chegou a mim, em alguns momentos, por pequenas pontes – molhadas ou não ;P – foi Tomates verdes fritos.

O original era um livro – não sei se homônimo – de Fannie Flagg que eu nunca li, que se tornou filme através de Jon Avnet, cujos outros filmes também nunca vi. Sem grandes recursos estéticos, sonoplastia de destaque ou câmeras especiais, o filme parece justificar, no seu próprio roteiro, a simplicidade harmônica.

Apesar de não lidar com grandes efeitos ou cores e câmeras mirabolantes, eu aplaudo silenciosamente o diretor por conseguir ler e transmitir a paz, simplicidade que a história passa.
Não, não vou contar nadinha da história, só vou dizer o de sempre: tem horas em que dá vontade de chorar, mesmo que não seja muita, tem horas que dá vontade de rir, e tem hora que você somente pára e fica ali, olhando, meio bestinha. Pelo menos é o que acontece comigo. E acho que é por isso que já assisti umas dez vezes o filme ;}

Espero ter despertado pelo menos uma curiosidadinhazinha bem pequenininha em quem ainda não assistiu. Sério, parem pra ver, se vocês gostam de filmes que toquem o emocional, porque se faltar a razão, sempre vai existir... Towanda!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd: O barbeiro demoníaco da Rua Feet



Sweeney Todd é originalmente um livro Britânico, o qual se tornou tão popular contando a vida de um barbeiro que perde sua liberdade apenas por inveja do juíz poderoso da época. Foi tão famoso que já havia ganho um filme antes na década de 60. A história ficou mais conhecida ainda, tornando-se uma lenda urbana, fazendo com que tenha pessoas que jurem de pé juntos que a história de fato aconteceu.

Após sair da prisão, Barker (protagonizado por Johnny Depp) que muda seu nome para Sweeney Todd, afim de conseguir ter sua vingança plena contra o Juíz Turpin (Alan Rickman). Na sua antiga casa ele encontra-se com Sra. Lovett (Helena Bonham Carter) que é dona de uma padaria onde vende-se apenas tortas de banha - o que não atrai clientes, mas pelo preço da carne não é possível ela fazer tortas melhores. Juntos então eles armam um plano para que Todd consiga se vingar ao mesmo tempo que Lovett recupera-se do fundo do poço com seu negócio. Com certeza você deve saber mais dessa história, afinal é tão conhecida como o Tarado da Machadinha. Mas vou parar por aqui, para não estragar a surpresa daqueles que não tem noção do que se trata a história.

O filme, antes mesmo de sair para as telonas, já era comentário e destaque em todo o território americano, afinal quem assina o filme é Tim Burton (de "Peixe Grande"). A direção de Tim é um eseptáculo a parte. Cenas bem programadas, musical contido no roteiro brilhantemente e 'tiradas' de câmera mais do que perfeitas.

Outro fato que elevou a atenção para esse filme, fora a participação de Johnny Depp (da trilogia 'Piratas do Caribe') como protagonista. O ator dá um show de atuação e consegue passar para fora das telas todo o sentimento do personagem. Se você é um grande fã do ator e está planejando ir ao cinema apenas para vê-lo, pode esquecer. Ele incorpora tão bem o personagem que ao comentar até mesmo sobre a atuação, você não falará 'depp' mas sim 'todd'.

Helena Bonham Carter ('Harry Potter e a Ordem Da fênix') e Alan Rickam (também da série 'Harry Potter'), dão um show em cena. A surpresa, pelo menos para mim, fica por conta de ver Rickman cantando, igual todos os atores dali. Jurava que ele seria o único a não soltar a voz, mas errei. E o ator não faz nem um pouco feio, é ver pra crer.

Para construir ainda mais um cenário musical, Tim convocou o comediante e músico Sacha Baron Cohen e a cantora lírica Jayne Wisener. Não me lembrava de Jayne em outros filmes, mas a garota mostra um grande talento.

A trilha sonora do filme é repleto de Spoilers (ou seja, conta coisas que irão acontecer no filme antes de ver), até porque as músicas fazem parte dos diálogos das personagens, então aconselho vocês a esperarem para baixarem a trilha e a ouvirem. Sobre ela, não existe um item falho ou apenas uma faixa que deixa a desejar, todas elas estão ali, desempenhando seu papel brilhantemente, criando o clima perfeito para a trama.

Em questão de fotografia, o filme peca um pouco. Apesar de mostrar uma Londres antiga, muito bem estruturada dentro dos estúdios da Paramount, ela não utiliza com afinco o espaço e prefere utilizar de lugares com mais sombras, dando um aspecto 'dark' ao filme.

O Figurino é tão impecável como Maria Antônieta e rendeu uma indicação ao Oscar desse ano (acompanhado por indicações à Melhor Ator, com Depp, e Direção de Arte.)

Apesar do filme não chegar ainda aos cinemas brasileiros (o que acontecerá daqui exatos 11 dias), tive o prazer de vê-lo por meios alternativos e aconselho a todos a irem ao cinema, não irão se arrepender com o desfecho impressionante e imprevisível.

Como deve ter dado para perceber, eu amei o filme.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Por um Fio


Quanto vale uma mentira? Ela valeria sua vida? E esse fosse vocês essa mentira? Por um fio fala sobre mentiras e suas conseqüências, como naquele ditado que diz que a mentira tem perna curta ou no outro que a dita como uma bola de neve que quanto mais tempo passa rolando, maior fica.
Não sei exatamente o que eu senti durante o filme, talvez tenha sido agonia daquela situação ou pena de um pecador como outro qualquer. Como eu e como você. Fato é que depois que o filme terminou eu senti como se nunca mais pudesse contar uma mentira, mas depois pensei melhor: o que seria do mundo sem mentiras? Acredite, nós não estaríamos nem um quinto tão desenvolvidos quanto agora. O ser humano nasceu para mentir, pois foi agraciado com sentimentos e inteligência, muitas vezes para não ferir os sentimentos de alguém nós usamos da nossa imaginação e inventamos uma mentira, mas o ponto do filme é: o que vale mais, os sentimentos de alguém amado ou a vida do mesmo? A vida. Não devemos mentir para pessoas que amamos sobre coisas importantes com a intenção de não magoa-las, já que é sempre pior quando elas descobrem por terceiros e/ou evidencias.
Chega de falar sobre do que se trata o filme, vamos para a parte técnica e, logo em seguida, a crítica:
Gosto do modo que esse filme foi filmado, um começo bem agitado cheio de cenas uma por cima da outra, com quadrados simbolizando telefonemas, mostrando o que acontece dos dois lados da linha. Depois, quando Stuie está dentro da cabine telefônica, a câmera mostra vários ângulos dele: o clássico, tipo filme mesmo; o ponto de vista do assassino ou do próprio Stuie, como numa filmagem caseira de boa qualidade; e o ponto de vista da arma, com o alvo em vermelho. E ao final vem o melhor tipo de filmagem: o que eu chamo de câmera psicodélica, pois ela está sempre balançando e tirando as coisas de foco, além da segunda camada por cima do objeto, como se a câmera não conseguisse parar de se mexer.
Bom, apesar do filme no geral ser muito surpreendente (tanto porque é a história de uma cara mentiroso que atende o telefonema de um assassino que só quer ajuda-lo e que acaba sendo tão mentiroso quanto o próprio, o que não é nem um pouco clichê), o final deixou a desejar, pelo menos pra mim. Ok, tudo bem que eu sempre gosto quando o mocinho morre ou acaba se ferrando e tinha a esperança de que isso acontecesse nesse filme, mas o mentiroso acaba sendo absolvido de seus pecados. A parte boa é que o “malvado” sai ileso, sem nenhum arranhão e ainda vai dar um “oi” para o Stuie antes de ir embora. Se quiserem uma comparação analógica, eu diria que a rua é a igreja, o pecador é o cara no telefone e seu abade é o assassino; porém o mentiroso é quem decide a sua sentença.