quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Por um Fio


Quanto vale uma mentira? Ela valeria sua vida? E esse fosse vocês essa mentira? Por um fio fala sobre mentiras e suas conseqüências, como naquele ditado que diz que a mentira tem perna curta ou no outro que a dita como uma bola de neve que quanto mais tempo passa rolando, maior fica.
Não sei exatamente o que eu senti durante o filme, talvez tenha sido agonia daquela situação ou pena de um pecador como outro qualquer. Como eu e como você. Fato é que depois que o filme terminou eu senti como se nunca mais pudesse contar uma mentira, mas depois pensei melhor: o que seria do mundo sem mentiras? Acredite, nós não estaríamos nem um quinto tão desenvolvidos quanto agora. O ser humano nasceu para mentir, pois foi agraciado com sentimentos e inteligência, muitas vezes para não ferir os sentimentos de alguém nós usamos da nossa imaginação e inventamos uma mentira, mas o ponto do filme é: o que vale mais, os sentimentos de alguém amado ou a vida do mesmo? A vida. Não devemos mentir para pessoas que amamos sobre coisas importantes com a intenção de não magoa-las, já que é sempre pior quando elas descobrem por terceiros e/ou evidencias.
Chega de falar sobre do que se trata o filme, vamos para a parte técnica e, logo em seguida, a crítica:
Gosto do modo que esse filme foi filmado, um começo bem agitado cheio de cenas uma por cima da outra, com quadrados simbolizando telefonemas, mostrando o que acontece dos dois lados da linha. Depois, quando Stuie está dentro da cabine telefônica, a câmera mostra vários ângulos dele: o clássico, tipo filme mesmo; o ponto de vista do assassino ou do próprio Stuie, como numa filmagem caseira de boa qualidade; e o ponto de vista da arma, com o alvo em vermelho. E ao final vem o melhor tipo de filmagem: o que eu chamo de câmera psicodélica, pois ela está sempre balançando e tirando as coisas de foco, além da segunda camada por cima do objeto, como se a câmera não conseguisse parar de se mexer.
Bom, apesar do filme no geral ser muito surpreendente (tanto porque é a história de uma cara mentiroso que atende o telefonema de um assassino que só quer ajuda-lo e que acaba sendo tão mentiroso quanto o próprio, o que não é nem um pouco clichê), o final deixou a desejar, pelo menos pra mim. Ok, tudo bem que eu sempre gosto quando o mocinho morre ou acaba se ferrando e tinha a esperança de que isso acontecesse nesse filme, mas o mentiroso acaba sendo absolvido de seus pecados. A parte boa é que o “malvado” sai ileso, sem nenhum arranhão e ainda vai dar um “oi” para o Stuie antes de ir embora. Se quiserem uma comparação analógica, eu diria que a rua é a igreja, o pecador é o cara no telefone e seu abade é o assassino; porém o mentiroso é quem decide a sua sentença.

5 comentários:

Unknown disse...

ahsoaos
gostei da analogia
e achei uma graça essa sua coisa de gostar de ver o "mocinho" se ferrar - é nem incomum =P
embora eu tenha de admitir q alguns mocinhos são um saco e que eu passo o filme todo rezando pra q eles tenham um final triste e doloroso
mas agoraa... falando do filme:
parece ser incomum, tbm,
essa coisa do assassinato, a cabine telefônica e as mentiras
mas o fato é q eu n consigo imagina mt bem como ele é

acho q vou ver... =D

nãoseileianaminhacamisa. disse...

é, mocinhos são um saco, o mal é smepre mais divertido \,,\
Ah, olha, fernanda, tem gente que AMA e que ODEIA esse filme, eu gostei :B
aí quando tu ver tu me diz se gostou ou não, tá? :D

Unknown disse...

oahsohasoa
noss' :~
okz

nãoseileianaminhacamisa. disse...

huahauaha
é, um filme complexo, né?
JUAHAUAHUAH

DER KOSMONAUT disse...

sobre o texto:
legal, tu escreve com um fluxo bem contínuo, quase que sem pausas... eu gosto, mãs... cuidado com os spoilers! me contasse o final : |

sobre o filme:
parece ser bem interessante mesmo, adoro essa divisão da história em fases pelo modo de filmar... e o roteiro, ao que me parece, um show a parte. já tinham me recomendado faz séculos, mas dessa vez, vou ver [1244584125ª vez que eu digo isso aqui no blog]