quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A Premonição


Segundo a sinopse oficial do filme, 'Estranhos sonhos que podem ser relacionados a uma onda de assassinatos atormentam uma escritora. Com direção de Neil Jordan..' e por aí vai. Mas se você espera, ou acha, que esse filme se trata de um filme de terror sem pé nem cabeça, você está muito enganado.

Tudo começa quando Clarie (Annette Bening) acorda de um sonho que tem muita - mas muita mesmo - maça e uma menininha segurando a mão de um homem. Ele a está levando para longe e ao passar dos repetidos sonhos, porém cada vez com mais tempo de duração, ela descobre que o homem vai matar a criança.

A escritora acredita que o sonho é uma espécie de premonição sobre o caso de sequestro de uma pequena garotinha, o qual ocorreu perto de sua casa. Ela comenta com o mairo Paul (Aidan Quinn) que vai até a polícia contar. Mas, claro, não o levam em consideração.

Logo no começo do filme a filha deles, a qual eu não lembro o nome, tem uma apresentação teatral em um bosque, onde ela é sequestrada e morta como Claire havia visto em seus sonhos. E a partir daí o casamento de Paul com Claire entra em declínio, Claire fica incontrolável - e só piora quando as visões continuam dando outras visões de outras garotas - e assim segue o restante do filme que eu não vou contar, é claro.

Deixando de lado a trama principal, podemos dizer que esse filme é um experimento lucinógico que nos leva a pensar sobre o que faria ao estar na pele de Claire. E começa a questionar as escolhas dela, e pensando como você faria e seguiria um plano - se é que você teria força para passar pelas experiências dramáticas.

Começamos então a questionar. Quem é o assassino e porque ele apenas sequestra e mata criançinhas? Teria algo por trás disso? É claro que tem, sempre tem. E Claire vai a fundo, de cara com o inimigo para acabar com esse mal. Se ela consegue ou não, aí já não é mais de seu interesse, ao menos que veja o filme, é claro.

Particularmente eu acho que a fotografia do filme é falha. Não emociona, não impressiona, não dá medo. Enfim, se eles queriam mesmo chegar a algo como isso, e pela sinopse podemos ser levados a crer que sim, eles queriam, eles não conseguiram. Apenas lembranças e sonhos psicóticos levam-nos a imagens borradas e lances de câmeras muito bem feitos e bem trabalhados.

Igual ao local onde tem muitas maças, onde o tal assassino está. Quando aparece nos sonhos, o lugar é magnífico e assombroso. Mas ao aparecer com a presença da personagem lá, sem ser mental, é horrivelmente velho, empoeirado e idiota.

O filme é bem coordenado por Neil Jordan ("Entrevista com o Vampiro") que consegue prender o telespectador até os créditos começarem a rolar. Ele é conhecido por escalar sempre atores que se destacam bem em seus filmes anteriores, repetindo assim em tela a presença de Annette e Aidan novamente. Eles não haviam trabalhados juntos antes, porém ambos tiveram participações em outros filmes do diretor.

E Neil não está enganado, Annette Bening (de Beleza Americana) interpreta magnificamente bem a Claire. Como eu já citei aqui em outros filmes, ela incorpora tão bem a personagem que não conseguimos assimilar ela a atriz, mas sim à Claire. Ali ela deixa de ser Annette e passa a ser Claire, de corpo e alma. E deixa claro isso para os telespectadores. Em minha opnião, de todos os filmes que eu já vi com ela, esse é o melhor.

Aidan Quinn está bem encaixado no papel de marido quase não presente, mas falha em momentos cruciais do filme em que exigiam mais do ator. Mas deixo aqui minha resignação à ele, pois no filme mais recente que vi dele, Da Magia à Sedução, ele está irreconhecível e bem melhor! O que me leva a crer que o ator andou treinando mais, ou aprendeu com a experiência.

Emma J. Brown dá um baile como atriz mirim, interpretando a filha do casal. A qual eu não faço idéia do nome. Em uma breve pesquisa que fiz na internet, não descobri o nome da personagem dela e no site do IMDB aponta como sendo o único trabalho que a menina já fez. Estranho.

Enfim, embora eu não tenha falado exatamente minha posição quanto a esse filme, eu recomendo para todos que gostam de filmes que nos leva a pensar como agiriamos em situações de desespero e em quem poderíamos confiar cegamente que quando isso acontecesse, confiaria em nós.

Só acho uma pena o filme estar mascarado como um suspense quando na verdade é bem mais que uma simples qualificação.

2 comentários:

vinicius gouveia disse...

sinceramente não sou fã de filmes de suspense/terror/horror. me prende muito mais filmes como esse, que vai além do susto.

dih, achei esse post ótimo!

DiH disse...

Obg Viniciusss xD


Escrevi esse post mais 'a vontade' do que os demais. Sei lá xD