segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

The Science of Sleep - O CULT-CUTE?

Seria Amélie Poulain uma porca manipuladora? Estética demais e pouco conteúdo? Veremos. Antes disso, falemos de The Science of Sleep, filme exibido no Festival do Rio 2007 e sem previsão para estréia em solo tupiniquim (duvido que chegue aqui algum dia). Estreado em 2006, já não bastasse o nome de Michael Gondry na direção, o filme ainda conta com a atuação de Gael García Bernal (lá vou eu voltar a falar dele aqui) para causar mais expectativas. Gondry é famoso por mostrar que é possível se unir a linguagem videoclíptica com a do cinema em clipes de artistas de alto cacife como Björk e White Stripes. Já não bastasse, é o diretor do aclamado Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, sempre tido como referência de um dos melhores filmes já produzidos no século XX.

O rótulo é o que menos importa, vamos ao principal: o conteúdo. The Science of Sleep nos apresenta Stéphane, mexicano de mãe francesa que com a morte de seu pai decide ir morar na França com sua mãe, embora tenha sérias dificuldades com o francês. Stéphane se apaixona pela sua vizinha, Stéphanie, e depois de muito vai-e-vem os dois acabam juntos, certo? Errado. Stéphane desde criança confundia sonho com realidade, mas agora passa a ter ciência que pode controlar o que acontece na vida real através do sonho. Isso daria certo se a realidade já não fosse um sonho em si, o filme trabalha em uma realidade em que máquinas do tempo em que só voltam um segundo só são possíveis.

Acusado de ser apenas um desfile das boas qualidades de Gondry como diretor, Science of Sleep tem seu poder subestimado pela crítica. Boa parte do filme é feita em stop motion ou de forma artesanal, papel celofane azul sai das torneiras e câmeras são feitas de papelão. Science of Sleep é puro sonho, e sonhos não estão dispostos a serem interpretados em busca de uma verdade absoluta. Quem espera frases de efeito românticas de certo encontrará, mas os que esperarem um desfecho esclarecedor e piegas de tão romântico poderão se decepcionar.



O cult-cute (termo que acabei de inventar) não se compreende, vê-se. E viva a sublimação da estética!

8 comentários:

vinicius gouveia disse...

eu tinha comentado, mas o vlogspot deu pau ¬¬

então, resumindo o que eu disse:

1. explique-se sobre amélie poulain

2. escreve mais sobre o filme... fiquei com vontade de quer mais :D

3. como anda a família?

DER KOSMONAUT disse...

pus amélie pq ela é o ícone dos filmes ditos "fofinhos"

vinicius gouveia disse...

o vlogspot é o servidor blogspot da lituânia, que é onde eu estou agora.

DER KOSMONAUT disse...

veja, filmes como amélie poulain e science of sleep não são apenas "fofinhos"
a estética é a grande mensagem do filme, é a essência

pus uma foto de amélie dizendo "filme fofinho é o caralho" pq ela é um ícone dos filmes "fofinhos e lindinhos"

sacou?

Anônimo disse...

3. como anda a família?

vinicius gouveia disse...

saquei, meo.

Unknown disse...

não tenho mt certeza de q a estética seja a grande mensagem do filme...
Acho mais é q ela vem reforçar essa tal "mensagem", ou q passe, mesmo, uma "mensagem" por si só,
mas q ela seja a sacada do filme, o suporte, ou sei lá como vc prefere chamar, non-non.

amélie é um filme com roteiro de peso, assim como science of sleep PARECE ser.
um filme em q a estética é a sacada é, por exemplo, marie antoinette, q n tem nada além de uma estética interessante

vinicius gouveia disse...

a graça de amélie não está, totalmente, na estética. ela só realça/cria os aspectos positivos do filme.

[o olho da câmera =O]