domingo, 4 de novembro de 2007

Tudo vira bosta



Como o próprio diretor falou, não é fácil conseguir patrocínio para um filme que conta a história de um cara apaixonado por uma bunda. O Cheiro do Ralo consegue essa proeza nos apresentando Lourenço, personagem maravilhosamente bem interpretado por Selton Mello. Lourenço é dono de um antiquário e desenvolve particular frieza para comprar objetos de forma a não se deixar levar pelas histórias que os objetos têm e lucrar menos. O personagem passa então a querer negociar tudo, inclusive o amor.

Baseado num livro de nome homônimo escrito por Lourenço Mutarelli, o filme tinha orçamento inicial de R$ 2,5mi mas acabou custando apenas R$ 315 mil (graças a Nossa Senhora Protetora do Bom Cinema que mexeu seus pauzinhos para a verba ser destinada a outras produções) e foi eleito pelo júri o melhor da 30ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. É um desses filmes que ninguém entende e é super elogiado pela crítica.

O Cheiro do Ralo é um filme difícil de digerir. Lourenço revela-se psicótico e dependente do cheiro do ralo do banheiro do antiquário onde trabalha, fazendo o filme se perder da metade pro fim. Na primeira metade do filme você ainda se sente atraído pela bela fotografia marrom (tudolembramerda) e o clima do filme meio anos 1970 enquanto você espera que tenha valido pagar os 4,50 da locação. No entanto, na segunda parte você tem a certeza. Sustentando-se na base do "morte a moral burguesa", O Cheiro do Ralo acaba perdendo seu discurso em meio a atmosfera psicótica e non-sense do filme. O ralo, ou o lugar onde guardamos todas nossas imperfeições no filme tem alegoria física, mas acaba emanando demais sem contexto seu cheiro. Sendo uma boa idéia mal construída, o filme deveria voltar para o lugar de onde veio, o ralo. Bleergh.

P.S. - "Fernanda F. disse...
aushaushua
que revoolta =X
que vc n gostou do filme é latente
mas permita-me dizer q a sua análise n foi lá mt aprofundada...
quer dizer... vc só fica dizendo q o filme é uma merda!

quero motivos convincentes, ou pelo menos bem elaborado!><".

Depois desse comentário de Fernanda resolvi voltar a esse texto. É fato que ele é o pior que escrevi até agora e em muitos aspectos não difere muito do lugar de onde veio O Cheiro do Ralo (tentemachartodosossentidosparaotítulodopost). Estava aqui no computador criando poeira no Word, então resolvi posta-lo mas ainda achando ele um pouco cru demais. Mas o que eu ia dizendo é que O Cheiro do Ralo é um filme que tem tudo pra ser bom: atuação do protagonista perfeita, fotografia e diegese bem elaborada, porém um roteiro que carece de desenvolvimento. Multiplique isso por vinte oito, vírgula cinqüenta e três quando a atmosfera do filme fala sobre nádegas, fezes e comportamentos psicóticos. É preciso ter um filme muito bem construído pra falar de um tema desses o que, como vocês já sabem, O Cheiro do Ralo não é.

5 comentários:

Anônimo disse...

aushaushua
que revoolta =X
que vc n gostou do filme é latente
mas permita-me dizer q a sua análise n foi lá mt aprofundada...
quer dizer... vc só fica dizendo q o filme é uma merda!

quero motivos convincentes, ou pelo menos bem elaborado!><'

Anônimo disse...

"É preciso ter um filme muito bem construído pra falar de um tema desses o que, como vocês já sabem, O Cheiro do Ralo não é"

Eu acho que o tema não precisa virar filme. É um tema do qual, creio eu, nunca seria bem tratado e/ou visto/assistido, enfim o_o~

Anônimo disse...

essa coisa não aceita meu comentário!
desisto!

Amargo disse...

queria assisitr ^^

Anônimo disse...

txaai, txaai, txaai
o que vc faria sem mim?
;D